A Ozonioterapia é uma técnica que utiliza o ozônio como agente terapêutico no tratamento de um grande número de patologias. Seu emprego visa a melhorar a circulação sangüínea, reduzir o colesterol, ajudar na cicatrização de feridas e oxidar toxinas, sendo também aplicado no tratamento da dor crônica.
O ozônio, ao reagir com os tecidos corporais, forma substâncias que estimulam todo o sistema antioxidante, promovem uma grande liberação de oxigênio para as células. Também tem efeitos analgésico e antiinflamatório que aceleram a cicatrização das lesões
A ozonioterapia pode ser feita de várias maneiras, incluindo a aplicação tópica de óleos ozonizados, a insuflação de gás em regiões corporais doentes e a injeção de mistura oxigênio- ozônio em pontos dolorosos.
O ozônio, ao reagir com os tecidos corporais, forma substâncias que estimulam todo o sistema antioxidante, promovem uma grande liberação de oxigênio para as células. Também tem efeitos analgésico e antiinflamatório que aceleram a cicatrização das lesões
A ozonioterapia pode ser feita de várias maneiras, incluindo a aplicação tópica de óleos ozonizados, a insuflação de gás em regiões corporais doentes e a injeção de mistura oxigênio- ozônio em pontos dolorosos.
Há algum tempo o ozônio já vem sendo usado para combater agentes alérgenos, bactérias, fungos e inclusive vírus. Com o surgimento das superbactérias muitos testes foram feitos e descobriu-se a eficácia do ozônio contra a KPC.
A bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) é um microrganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente aos antibióticos. Os primeiros casos do microrganismo foram detectados em pacientes internados em UTI, nos Estados Unidos.
Abaixo entrevista feita pelo site IG com o médico Glacus de Souza Brito, da Divisão de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital de Clínicas de São Paulo – idealizador do novo tratamento.
Ele diz que bastaram 5 minutos de exposição ao jato de ozônio para os agentes infecciosos perderem força e ficarem inativos. O mecanismo de ação é que o ozônio oxida as paredes dos microrganismos. O próximo passo será testar o mesmo processo em pacientes. Leia a seguir a entrevista.
O senhor já utilizava o tratamento com ozônio para outros tipos de infecção. Como foi a ideia de testar a eficácia do gás para as superbactérias?
Glacus de Souza Brito: Já usamos o ozônio para tratar algumas feridas que não respondiam aos tratamentos convencionais. Temos um caso de um paciente acidentado no trânsito, que tinha um machucado na perna e nele foram encontradas quatro bactérias multirresistentes. Baseado em experiências internacionais, isolamos a ferida com um plástico e com uma máquina que emite ozônio simples, nebulizamos o local por uma hora diária com o gás. Em dois dias, as bactérias já estavam inativas e seis dias depois foi possível suspender todos os antibióticos. O paciente teve alta. Quando começaram a surgir os casos de bactérias multirresistentes, decidimos investigar a eficácia do ozônio.
Como foi feita a pesquisa?
Glacus de Souza Brito: Selecionamos 10 bactérias multirresistentes, identificadas em pacientes do próprio HC. A última testada foi a KPC. Isolamos os microrganismos em laboratório e, em todos eles, bastaram cinco minutos de exposição ao ozônio para os agentes infecciosos serem anulados.
Com estas evidências, qual é o próximo passo?
Glacus de Souza Brito: Precisamos agora montar esquemas de estudos que envolvam pacientes, porque ainda não sabemos como será a resposta em humanos. As bactérias resistentes nem sempre se manifestam em feridas, podem aparecer em pneumonias, por exemplo, por isso precisamos de mais pesquisas para confirmar se funciona. O importante é que é um tratamento simples e de muito pouco custo e que pode virar um padrão no sistema público brasileiro.
Além de infecções, o ozônio já é testado para outras doenças?
Glacus de Souza Brito: Internacionalmente, há uma utilização maior. A Alemanha e a Itália usam ozônio para tratar dores articulares e hérnia de disco, por exemplo. A pesquisa no Hospital das Clínicas foi só para ver a eficácia com as superbactérias e já encontramos êxito. Mas é um vasto campo a ser pesquisado.
A bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) é um microrganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente aos antibióticos. Os primeiros casos do microrganismo foram detectados em pacientes internados em UTI, nos Estados Unidos.
Abaixo entrevista feita pelo site IG com o médico Glacus de Souza Brito, da Divisão de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital de Clínicas de São Paulo – idealizador do novo tratamento.
Ele diz que bastaram 5 minutos de exposição ao jato de ozônio para os agentes infecciosos perderem força e ficarem inativos. O mecanismo de ação é que o ozônio oxida as paredes dos microrganismos. O próximo passo será testar o mesmo processo em pacientes. Leia a seguir a entrevista.
O senhor já utilizava o tratamento com ozônio para outros tipos de infecção. Como foi a ideia de testar a eficácia do gás para as superbactérias?
Glacus de Souza Brito: Já usamos o ozônio para tratar algumas feridas que não respondiam aos tratamentos convencionais. Temos um caso de um paciente acidentado no trânsito, que tinha um machucado na perna e nele foram encontradas quatro bactérias multirresistentes. Baseado em experiências internacionais, isolamos a ferida com um plástico e com uma máquina que emite ozônio simples, nebulizamos o local por uma hora diária com o gás. Em dois dias, as bactérias já estavam inativas e seis dias depois foi possível suspender todos os antibióticos. O paciente teve alta. Quando começaram a surgir os casos de bactérias multirresistentes, decidimos investigar a eficácia do ozônio.
Como foi feita a pesquisa?
Glacus de Souza Brito: Selecionamos 10 bactérias multirresistentes, identificadas em pacientes do próprio HC. A última testada foi a KPC. Isolamos os microrganismos em laboratório e, em todos eles, bastaram cinco minutos de exposição ao ozônio para os agentes infecciosos serem anulados.
Com estas evidências, qual é o próximo passo?
Glacus de Souza Brito: Precisamos agora montar esquemas de estudos que envolvam pacientes, porque ainda não sabemos como será a resposta em humanos. As bactérias resistentes nem sempre se manifestam em feridas, podem aparecer em pneumonias, por exemplo, por isso precisamos de mais pesquisas para confirmar se funciona. O importante é que é um tratamento simples e de muito pouco custo e que pode virar um padrão no sistema público brasileiro.
Além de infecções, o ozônio já é testado para outras doenças?
Glacus de Souza Brito: Internacionalmente, há uma utilização maior. A Alemanha e a Itália usam ozônio para tratar dores articulares e hérnia de disco, por exemplo. A pesquisa no Hospital das Clínicas foi só para ver a eficácia com as superbactérias e já encontramos êxito. Mas é um vasto campo a ser pesquisado.
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